HAC: funcionários ainda não receberam o 13º

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HAC: funcionários ainda não receberam o 13º

SÁBADO, 22 DEZEMBRO 2012 09:37
Apesar do não pagamento, funcionários ainda não fazem paralisação, pelo menos por enquanto. /Foto: arquivo

As dificuldades financeiras do Hospital Alcides Carneiro (HAC) estão afetando também os funcionários da unidade (contratados pelo Sehac), que ainda não receberam o 13º salário. Por lei, a primeira parcela do benefício deveria ter sido paga até o dia 20 de novembro; e a segunda deveria ter sido quitada na última quinta-feira, dia 20. “O maior problema é que não temos previsão de quando vamos receber. Em quatro anos, isso nunca aconteceu, com todas as dificuldades os funcionários sempre receberam os pagamentos em dia”, disse um funcionário.

Segundo eles, cerca de 450 trabalhadores, entre médicos, enfermeiros, auxiliares, pessoal de limpeza, entre outros, ficaram sem o benefício. “Estou revoltado com essa situação. Temos contas para pagar, compromissos de fim de ano. Como vamos ficar? Isso é uma falta de respeito conosco. Não deixamos de trabalhar e de cumprir as nossas tarefas. Agora estamos nesta situação por uma culpa que é da Prefeitura que não realizou os repasses devidos ao HAC”, protestou o funcionário.

Apesar da falta do pagamento, os trabalhadores não irão realizar paralisação, pelo menos por enquanto. “Vamos continuar trabalhando e ver o que vai acontecer”, informou. Durante reunião realizada na Defensoria Pública, na última quarta-feira, dia 19, entre a Secretaria de Saúde e diretores do HAC e do Sehac, o município confirmou que os valores devidos ao Alcides Carneiro não estão sendo repassados integralmente. Estima-se que nos últimos quatro anos, o governo teria deixado de repassar ao Sehac cerca de R$ 42 milhões.

A crise financeira do Hospital Alcides Carneiro já vem sendo denunciada há algum tempo. Acredita-se que a dívida da unidade ultrapasse os R$ 15 milhões apenas com encargos trabalhistas. Embora a direção do hospital não confirme, funcionários garantem que há débitos também com fornecedores, que cobram algo em torno de R$ 3 milhões. Durante o encontro, a Defensoria oficiou a Secretaria de Saúde para que informe emum prazo de 10 dias as questões relativas aos repasses recebidos pela União e os valores repassados efetivamente ao Hospital Alcides Carneiro.

Redação Tribuna